Wednesday, August 29, 2012

O elogio da loucura

Fisicamente, o corpo humano tem uma capacidade de resistência e adaptação a circunstâncias adversas muito superior à do cérebro. Este desiste quase sempre primeiro.
Não sei se existem provas científicas que validem esta afirmação.
Exemplos reais, sim. E muito próximos.

É perceptível que já ultrapassámos a barreira da normalidade quando:

- perguntamos a quem está ao sentado ao nosso lado se está a ouvir o mesmo som irritante que nós (só para garantir que a seguir não vamos começar a ouvir vozes estranhas)

- é feita uma pausa inferior a uma minuto na conversa e retomamos o diálogo neste ponto:
"Estávamos a falar do quê?"
" Não me lembro."
" Eu também não..." 
(Síndrome de Dory à espreita)

- no meio de algumas centenas de fotos nas quais todos têm coletes amarelos e posam junto a um barco, identificamos a nossa família numa delas só porque aparecem cinco pessoas retratadas (ainda por cima todos gajos...)

Podemos justificar estes momentos de alienação mental pelo excesso de trabalho. Ou simplesmente aceitar o indiscutível:

Great Minds Think and Act Alike (até no limiar da loucura)...


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