Ligar a televisão, tomar o pequeno-almoço, tomar banho, vestir, mudar a tralha para outra mala, calçar os sapatos, colocar os óculos de sol e os phones, desligar a tv e sair de casa.
Só assim consigo funcionar minimamente e enfrentar mais um dia de trabalho.
Ao abrir a porta de casa, coloco sempre a chave do lado de fora na fechadura. Atenção, eu disse SEMPRE. Excepto hoje.
Numa mão levava a mala, na outra a caixa dos óculos de sol. Abri e fechei a porta, assim, sem mais.
Numa questão de segundos, apercebi-me da gravidade da situação e só me apetecia gritar.
Devo ter dito pelo menos umas cem vezes a palavra fuck numa vozinha quase imperceptível.
A descarga de adrenalina foi tal que deve ter durado umas duas horas, pelo menos.
Um handyman faz uma falta tremenda nestas alturas, mas felizmente existem os primos com fixação por caixas de ferramentas.
Na realidade, é fácil abrir portas com radiografias velhas. E foi assim que o meu dia foi salvo pelo meu priminho Duarte a quem só me apetecia dar imensos beijinhos de agradecimento.
E agora vou distribuir chaves cá de casa a fim de evitar situações de desespero como esta, mesmo que a as probabilidades sejas infímas.
Outro susto destes não, obrigada!
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