E o campeonato começou.
Há pelo menos três épocas que não assistia ao primeiro jogo.
E há pelo menos oito que não conseguimos uma vitória na jornada inicial.
Entrámos retraídos no jogo. O primeiro remate decente acontece aos 14 minutos, sem grande impacto.
A tentativa de inovação por parte do treinador foi visível num livre fora da área que de tão estudado e tão elaborado, confundiu toda a gente (até jogadores da nossa equipa) e não convenceu os adeptos.
Uma primeira parte sem muito para contar, algumas atrapalhações do Luisão que sentiu muito a tensão provocada pelo caso Christian Fischer e do Artur, que voltou convencido de que joga tão bem com os pés como com as mãos.
Tentámos mostrar outra atitude na segunda parte e o golo trouxe alguma calma, aparente.
Não fosse o Melgarejo vir borrar a pintura com um auto-golo.
Esta adaptação forçada só nos vai trazer dissabores. Tem boa capacidade ofensiva e mostra alguma rapidez no ataque mas não consegue fazer as compensações atempadamente:
Não é um jogador alto e sempre que tenta ganhar uma bola, é "papado". Ainda estou para ver quantos pontos é que o Sr. treinador nos vai fazer perder com esta teimosia.
A nossa ala esquerda da defesa, é uma autêntica auto-estrada para as equipas adversárias.
Mas que dizer do meio campo? O Javi andou por lá sempre amedrontado com a possibilidade de contacto físico com algum jogador. Quanto ao Witsel, deve ter tocado na bola umas três vezes, para a perder outras tantas.
E continua tudo na mesma com o futebol portugês. O árbitro e os fiscais de linha não se entendem. Os jogadores acham que podem ficar parados sem que o jogo tenha sido interrompido pelo tipo que aptita e num momento generalizado de apatia sofre-se outro golo.
O empate não é suficiente. Tenho de questionar as opções do treinador, quer na escolha dos titulares, quer nas substituições feitas.
Como é possível deixar o Carlos Martins no banco com uma boa pré-época e pôr o Aimar a jogar?
Eu gosto muito do Pablito, mas tem de deixar crescer mais o cabelo e não estar dois meses sem calçar as botas.
No final, soube a muito pouco, como sempre, e o mal menor é apenas aceitável se tivermos em conta que os adversários directos também empataram.
Para a semana partimos todos da mesma posição.