Wednesday, October 31, 2012

Harsh

Where there is desire
There is gonna be a flame 
Where there is a flame
Someone's bound to get burned
Bust just because it burns 
Doesn't mean you're gonna die
You've gotta get up and try, try, try...

O Filho dos Outros

Tenho a melhor relação que poderia desejar com os meus ex-pseudo-sogros.
Sou presença assídua em casa deles, quase diária e tenho o à vontade que certos genros e noras não conseguem ter ao fim de muitos anos de convivência.
Nem sempre concordamos em todos os assuntos, mas nas nossas conversas não há temas tabus.
Temos ideologias políticas opostas, apoiamos clubes de futebol rivais, mas no final do dia o objectivo comum é o mesmo: o bem estar da minha filha e dos outros dois netos, para os quais este casal vive quase em exclusivo.
É muito natural existirem comparações entre os três miúdos. 
O trajecto deles tem sido muito semelhante: a mesma ama, o mesmo colégio, a mesma escola primária, as mesmas actividades (excepção feita ao facto de a Carolina não praticar futebol), a convivência diária em casa dos avós.
Os primos da Carolina sempre me trataram por Bé. Nunca houve propriamente um relacionamento de tia/sobrinhos entre nós, o que não me impede de os chamar à atenção quando se justifica ou de ficar a tratar deles quando é necessário. Sempre evitei dar a minha opinião sobre algumas situações que considerei excessos, e que estando os pais presentes não faria sentido manifestar-me. Não gosto de fomentar controvérsias.
Hoje porém, fiquei surpreendida com um desabafo dos avós em relação ao neto mais novo, que aos sete anos, é o diabo disfarçado de gente. Perante o ar de desespero deles, acabei por apontar o dedo aos culpados: os pais da criança.
Estavam à espera do quê? O miúdo não se sabe comportar à mesa, não come, por vezes pragueja e a atitude dos pais passa por lhe dizerem apenas"Isso não se faz!!!!"
Da vontade de perguntar se acreditam que a repetição exaustiva dessa frase vai ter um efeito diferente do que tem tido até agora. Os avós sentem-se impotentes e preocupados. Eu também não vou fazer o papel de má nesta história só porque posso bem com a situação.
Filho meu, perante uma "queixa" destas teria um tratamento de choque. Mas o filho não é meu e da vida dos outros sabem eles.
Faltas de respeito e mau comportamento são inadmissíveis, seja qual for a idade. 
Cabe aos pais "arrancar" estas ervas daninhas que se mostram cada vez mais frequentes nos putos de hoje.
E nem me venham com a treta de que alguma severidade pode traumatizar as criancinhas, que isso é pura bullshit... (mas este tema fica para uma próxima oportunidade).

Sunday, October 28, 2012

M/6

Fomos ver o último filme do Tim Burton.
Animação a preto e branco. 

FRANKENWEENIE
Para além da Carolina, apenas estavam presentes outras duas crianças na sala.
A versão a que assistimos (a única disponível) foi a original e em 3D.
Aproveitamos o intervalo para falar deste aspecto curioso, e digo-lhe que o filme não é propriamente para crianças. Não há cenas muuuuiiiiito assustadoras, mas há referências a clássicos que ela nunca viu:
- Frankenstein (1931)
- Gremlins (1984)
- Godzilla (1998).
Discorda e eu vejo-me obrigada a confirmar qual foi a classificação atribuída, que para meu espanto foi M/6. Daqui resulta um: "Eu bem te disse!".
Bem perto do final, um pormenor muito curioso: no cinema de New Holland o filme em exibição era nem mais nem menos que o Bambi!!!!
Dei a mão à palmatória. 
Independentemente do vício que temos em ler nas entrelinhas, Mr. Burton sabe o que faz.

Fascina adultos e crianças!!!!


Teorias da Bola #8

Em fase de mudança de local de trabalho, há quem decida arrumar o que se vai guardando nas gavetas.

Recebi este presente:


Oferecido por um sportinguista.
Foi um momento caricato.

O Meu Blog

O meu blog é sobre tudo e sobre nada.
Falo de mim e falo dos outros.
Do passado, do presente e até do futuro.
Do que me faz rir, do que me faz chorar.

É um dos meus refúgios que me permite manter a sanidade.
É um espaço muito mEU.
Goste-se ou não!

Saturday, October 27, 2012

Leituras

"Há muito tempo que não te via ler um livro, Mommy!"

Não leio um livro do princípio ao fim, talvez desde Junho.
Para alguém como eu, é demasiado tempo.
Sou viciada em livros.
Sou viciada em palavras.
No que elas significam para quem as escreve e no que elas significam para quem as lê!
Literatura light, clássicos, trilogias, autores desconhecidos...
Foram todos postos de parte.
Por várias razões e por uma em particular: não teriam a atenção que lhes era devida.
Ontem senti a necessidade de ocupar a minha mente com as histórias de outros, de rabiscar de novo as páginas, de ler e reler pequenos trechos.
A minha alma começa a sentir-se preenchida, outra vez, pouco a pouco.
Parece sorrir.

Thursday, October 25, 2012

Tops brancos e dias cinzentos

Vem a chuva e o panorama visual altera-se!
Somos uns cinzentões.
Assim que guardamos a roupa colorida, guardamos também a boa disposição matinal..
Combinamos com o estado do tempo, sensaborão. Não contrariamos este efeito e culpamos a falta do sol.
Recomendo suplementos de vitamina D e alguns sorrisos.
Não é muito, mas é suficiente.
Pelo menos até chegar a Primavera.

Tuesday, October 23, 2012

Sunday, October 21, 2012

Mapas hipsométricos

Com 10 anos fui estudar para um colégio de freiras (a meu pedido), que não sendo interno, nos sujeitava a regras bastante severas.
Havia horas para tudo. Para comer, para brincar, para dormir e até para acordar.
Claro que também havia períodos definidos para estudar. 
Devíamos fazê-lo em silêncio. Os únicos sons possíveis eram o virar das folhas, o rabiscar do lápis no papel e de vez em quando o tossicar de alguém.
O estudo em grupo era quase proibido. Potenciava a distracção de quem neles participava e o resultado ficava sempre aquém do pretendido. Deus nos livre de comentários divertidos enquanto se estuda!!!!!
Havia quem tentasse tirar proveito destas horas para pôr outras leituras em dia (a literatura clandestina de então faria corar todas nós, de tão naïf que era...)
Nunca fui assim tão corajosa, por isso acabei a tirar o máximo proveito da situação. Aluna com boas notas que por vezes era dispensada de testes porque estudava a matéria por antecipação. Transformei-me numa verdadeira marrona! Estudar era a minha razão de viver. Até a roupa, o penteado e os óculos ajudavam a compôr o modelito.
Falo disto hoje, porque a Carolina é precisamente o oposto. Não mostra qualquer interesse em estudar mais do que o necessário. 
Preocupa-me esta postura. É demasiado limitativa. É uma má opção assumir que o que consideramos suficiente, satisfaça as exigências de outros.
Ser razoável não faz parte das escolhas possíveis. Ser bom é o ponto de partida. Ser óptimo permitirá fazer a diferença.
Dou por mim a "obrigá-la" a rever uma vez mais os apontamentos para o teste que vai ter esta semana. Com o ar mais insatisfeito do mundo, dá a mesma resposta: "Mas eu já sei isto que aqui escrito!"
E sabe, porque respondeu às perguntas que lhe fiz correctamente. Eu, aprendi o que é um mapa hipsométrico.

Não gosto da forma como ela relativiza os estudos. 
Erro meu? 

Friday, October 19, 2012

Lembrar-te-ás de mim?

Empatia, interesses comuns, convivência diária, entre outras, são razões suficientes para nos sentirmos mais próximos de certas pessoas no local do trabalho.
Quando alguém "sai" e revisitamos o significado da palavra despedida, de uma forma consciente ou não, questiono-me: vou sentir 'falta' dele ou dela?
Tentando não querer parecer brutalmente insensível, e considerando que no espaço de um ano, vi "sair" muita gente, cheguei à conclusão que a minha resposta tem sido sempre a mesma: NÃO.
Há uns dias comentava este assunto com um amigo e na sequência dessa conversa, percebi que uma das minhas mãos é suficiente para contabilizar aqueles por quem sinto amizade, apreço, preocupação, carinho, independentemente do facto de serem meus colegas de trabalho.
Um número que pode diminuir, jamais aumentar.
São poucos, são muitos, é irrelevante.

São aqueles que me fazem rir, aqueles que me fazem chorar.
São aqueles que hoje, amanhã e depois, fazem e farão parte da minha vida.

Monday, October 15, 2012

Depois de uma breve passagem pelo paraíso, regressar ao inferno do trabalho é duríssimo!
Só me apetece chorar: buaaaaahhhhhhh

Sunday, October 14, 2012

Crónica de uma bebedeira anunciada #8

Grande fim de semana!
O paraíso existe.
Para ser partilhado apenas por alguns.

Crónica de uma bebedeira anunciada #7

O day after é medonho.
Garrafas, garrafas, garrafas... vazias. E nenhuma é de água.

Depois de tudo limpo, depois da chuva e agora que o sol está de volta, nada melhor que estar deitadita na rede a apreciar a paisagem em redor.
A da natureza e a humana.

Crónica de uma bebedeira anunciada #6

Ao fim de horas a ouvir "Bé... Não senta!", o resultado só podia ser um:
WASTED!

Já não aguento mais LMFAO!!
Quase, quase a cortar os pulsos....

Saturday, October 13, 2012

Crónica de uma bebedeira anunciada #5

Num espaço confinado, as pessoas revelam-se mais facilmente.
Falam delas próprias abertamente e os limites são quebrados quase na totalidade.
Tabus não há.
Too much information tem vindo a ser partilhada e o álcool é quem vai ficar com as culpas.
E o depois de amanhã?
O que está dito, dito está.
Não me incomoda que as pessoas façam de mim confidente mas há pormenores que dispenso saber. E muito menos visualizar.
What happens here stays here! Right?

Crónica de uma bebedeira anunciada #4

Alvorada às 9.
Corrida de 4 kms.
Pequeno-almoço à beira da água.

Friday, October 12, 2012

Crónica de uma bebedeira anunciada #3

Chegámos.
Distribuição de camas feita.
A fome está a deixar toda a gente enlouquecida, mas a excitação é merecida.
A casa é espectacular, o pessoal está todo na mesma onda e os copos já têm nome próprio!
E a festa vai começar!!!

Crónica de uma bebedeira anunciada # 2

13 pessoas é muita gente.
Alimentar tanta malta também não é tarefa simples.
Na última ronda pelo supermercado, a principal preocupação é não esquecer produtos com açúcar. Sim, porque ninguém vai comer o resto da carne assada do jantar às três da manhã...

Black & White



Thursday, October 11, 2012

Crónica de uma bebedeira anunciada #1

Mote para o fim-de-semana: 'Beber, cair e levantar!'

13 pessoas, 11 bêbados, 1 alcoólica e 1 abstémio.
1 casa no meio de nenhures.
2 dias de chinelo no pé e copo na mão.

Isto promete....

Tuesday, October 9, 2012

Me, me and me...

Não há mundo que chegue para tantos egos.
Hoje vou reclamar a parcela que me está destinada.
Umas horas são suficientes.
;))))

Sunday, October 7, 2012

Teorias da Bola #7

Em dia de clássico Porto-Sporting, a Carolina escolheu os seus jogadores preferidos:

James Rodriguez
Ricky van Wolfswinkel

Noto uma certa tendência para jogadores com os cabelos em pé...

A popa está de novo na moda, ou é apenas uma trend da classe futebolística?


Thursday, October 4, 2012

A precisar de férias.....

Esqueci-me do aniversário da minha ex-cunhada, mesmo depois da minha ex-sogra ter falado sobre ela mais de 10 minutos ao telefone.

Uma das minhas melhores amigas foi mãe há dois dias. Deu a novidade por sms no próprio dia. 
Só me apercebi e li a mensagem hoje pela manhã.

Sinto que o meu cérebro está quase, quase a fazer:




Tuesday, October 2, 2012

Teorias da Bola #6

Ao meu lado ficou sentada uma criança. Um rapaz que não deve ter mais do que 12 anos.
Ainda não largou o telemóvel.
Escreve no chat com a destreza e rapidez de quem o faz há muito e diariamente.
Não consigo evitar o meu lado voyeur. Espreito.
Não sei qual foi a pergunta, mas a resposta foi: "Diz-me, alguma vez vais voltar a gostar de mim? Sê sincera."
Sinto-me uma intrusa!
Tenho vontade de lhe dizer que, tal como acontece no futebol, não há só derrotas. Há também empates e muitas vitórias.

Monday, October 1, 2012

Rotinas

Gosto de correr.
Gosto de me desligar do mundo à minha volta, esquecer o dia que passou e marcar a cadência do momento apenas ao ritmo da playlist que escolhi.
O número de voltas, o tempo ou a distância do percurso são secundários.

Sinto o corpo aquecer, a roupa molhada que se lhe cola.O ritmo cardíaco altera-se.
A libertação de endorfinas aumenta. Óptima sensação.

Anoitece.
Não quero parar. Apetece-me continuar. Era capaz de continuar.
Termino satisfeita, com um sorriso nos lábios. Sem dor. Sabe bem.

Banho. Jantar. Cama.

Repetimos amanhã?


Os Filhos das Outras

Ser mãe é um estado a tempo inteiro.
Qualquer que seja a ocasião pensamos e agimos sempre como tal.

Para os amigos mais próximos, a passar pela primeira vez pela experiência da maternidade/paternidade, ter uma amiga mãe por perto é uma lufada de ar fresco.
É bom ter alguém que de vez em quando chega lá a casa prontinha para dar toda a atenção ao pequeno, desde o momento que acorda até que adormece.
Que não se importa nada de lhe dar colo, que não se importa de ser arranhada ou de ter o cabelo puxado por aquelas mãozinhas fofas.
Alguém que faculta uma janela de tempo para namorar, passear ou apenas respirar.

Estes momentos servem vários propósitos, incluindo o meu, que vou satisfazendo o instinto mais maternal sem ter de voltar a mudar fraldas ou passar noites em branco.