O dia em que fui parar ao espectáculo de dança da minha filha... Parte II

E depois de 3 semanas de ensaios intensivos para ela e cansativos para mim, o dia tão aguardado chegou.

Finalmente um espectáculo digno de tal nome.

Mais de 200 pessoas na sala, uma ansiedade enorme na plateia e uma excitação incomparável nos bastidores.

O início deu o mote para o que seguiria. Uma novidade por cá:

Tudo estava a correr bem até à deixa para a subida das mães ao palco.

Senti um calafrio e um mal estar apoderar-se de mim e fiz um esforço tremendo para não cair do alto dos meus saltos (imaginem descer um anfiteatro quase sem luz com sapatos de saltos de 10 cm e o coração a bater a 120...).

A música começou a tocar e na minha mente revia os passos de uma coreografia ensaiada vezes sem conta.

E quando ele canta "Treasure, that is what you are!", mãe e filha abraçam-se e a força com que ela o fez encheu-me de orgulho e de felicidade.

À saída só houve tempo para uma pergunta "Deixaste o Pappy a gravar?" e um beijo. Respondi que sim e desapareci pelas "catacumbas" do edifício.

Ainda com uma descarga de adrenalina brutal, regressei ao meu lugar e a primeira coisa que ele me diz é "Tinha de carregar no play?" (E depois acham estranho quando são descartados....)

Felizmente, entre amigos e familiares, há registos suficientes do grandioso momento.

Já no final, ao ouvir o agradecimento especial a todas as Mães da directora da Escola, perdi um bocadinho a modéstia e fiquei com uma lagrimita no canto do olho.

Venha o próximo!