No sábado demos início à época balnear cá de casa.
Felizmente já trocámos o balde, o regador e a pá pelo Ipod e pela Nintendo. As idas à praia já não se assemelham ao planeamento de um fim-de-semana fora de casa.
Há alguns anos que frequentamos a mesma praia. Não deixa de ser interessante assistir às mudanças que o tempo nos impõe. Ano após ano, entre uma e outra cara diferente, identificamos aquelas que vão resistindo, como nós.
Existem umas personagens singulares neste microcosmos: o nadador-salvador é cada vez mais novo e com ar imberbe (acho que os vão buscar à creche assim que a escola acaba); crianças barulhentas que se tornaram adolescentes prepotentes (eu sei, é uma redundância...); cabeças repletas de cãs (mais eles do que elas, hihihi...); os fãs de óleo bronzeador que tentam disfarçar a pele ressequida da agressão solar (por incrível que pareça, o intervalo de idades destes oscila entre os 50 e os 65, depois de velho deve-se ficar parvo também...) e a figura chave a quem ninguém fica indiferente, o senhor da tanga, fiel à sua imagem e às tendências, pois este ano escolheu uma em tom tangerina, um must have da estação.
Independentemente de quem vai e de quem fica, nós voltamos sempre. Mais que não seja para manter o ritual de comer um gelado na hora do regresso a casa.
No comments:
Post a Comment